Encontrar estratégias para reduzir a incidência de altas dos colaboradores no ambiente de trabalho é um grande desafio para o setor de Recursos Humanos (RH). Nesse contexto, conhecer as técnicas de economia comportamental e saber como aplicá-las no trabalho pode ajudar a melhorar o comprometimento dos colaboradores.
A economia comportamental é uma área que combina conhecimentos da psicologia e da economia para estudar a tomada de decisões das pessoas. Sendo assim, conta com técnicas que podem favorecer a motivação e influência para preferir uma determinada escolha.
Neste artigo, saiba como aplicar as técnicas de economia comportamental no trabalho e reduzir o absenteísmo no ambiente organizacional!
O que é a economia comportamental?
A economia comportamental é uma área interdisciplinar que reúne conhecimentos da economia, da psicologia, da neurociência e de demais campos para explicar o comportamento humano diante da necessidade de tomada de decisões.
Nesse caso, leva em consideração os estímulos do ambiente, os fatores emocionais, as questões cognitivas e sociais, além das características individuais das pessoas para compreender a tomada de decisão. Afinal, escolhas podem ser feitas por meio da razão, dos sentimentos ou da avaliação da utilidade e das consequências de cada opção.
Em outras palavras, a economia comportamental compreende que diversas variáveis estão envolvidas no processo de tomada de decisão. Por exemplo, alguns estímulos, como o senso de urgência, podem fazer com que uma escolha seja tomada rapidamente, devido ao medo de perda que pode ser causado em um indivíduo.
O estudo dos diversos fatores que influenciam o comportamento das pessoas pode ajudar, inclusive, na gestão de RH. Afinal, é possível identificar tendências, analisar o contexto e apresentar alternativas mais favoráveis para a tomada de decisão mais satisfatória para a empresa. Ou seja, é possível criar situações que estimulem os comportamentos desejados.
Como se aplica ao mundo corporativo?
A economia comportamental pode ser aplicada de diversas maneiras no mundo corporativo. Geralmente, a atenção aos padrões de comportamento dos colaboradores pode ajudar a prever como pensam, agem e tomam decisões. Consequentemente, é possível identificar os fatores ambientais, promovidos pela empresa, que diminuem o engajamento.
Da mesma maneira, é possível explorar recursos e técnicas que estimulem a decisão do colaborador que seja favorável aos resultados da organização. Isto é, com o conhecimento em economia comportamental, fica mais fácil apresentar incentivos que melhorem o engajamento e o comprometimento dos colaboradores.
É por meio dessa observação e da aplicação estratégica das técnicas de economia comportamental que se pode melhorar a gestão de talentos, de benefícios e da jornada de trabalho, a ponto de reduzir a incidência das faltas nas equipes. Com isso, a empresa enfrenta cada vez menos problemas de absenteísmo e baixa produtividade.
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Quais as melhores técnicas da economia comportamental no trabalho?
Em geral, se o objetivo é reduzir o absenteísmo, é fundamental criar um contexto no ambiente de trabalho que gera mais engajamento e comprometimento. Para isso, é necessário prestar atenção redobrada no bem-estar dos colaboradores e identificar quais são os recursos motivadores.
A partir disso, é possível colocar em prática algumas técnicas de economia comportamental no trabalho para reduzir os problemas de falta de comprometimento dos colaboradores no ambiente organizacional!
Incentivos
O estudo da economia comportamental visa compreender a arquitetura da escolha. Sendo assim, facilitar a tomada de decisão que seja favorável ao ambiente de trabalho depende, diretamente, da organização do espaço e da situação.
Se a intenção é promover um determinado comportamento, é fundamental disponibilizar recursos favoráveis para despertá-lo. Em outras palavras, caso o objetivo da empresa seja diminuir a incidência de faltas, é necessário garantir que estar no ambiente de trabalho seja benéfico para o colaborador.
Oferecer incentivos, como benefícios por comprometimento, ambiente de trabalho saudável, horários flexíveis, liderança inspiradora e recompensas por bom desempenho, pode favorecer a tomada de decisão positiva do colaborador.
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Nudging
O nudging é uma técnica que oferece um suave empurrão para direcionar o comportamento dos colaboradores. Nessa prática, não há coação, mas a oferta de pequenos estímulos que incentivam os comportamentos desejados.
Mudanças sutis na dinâmica de trabalho, organização do ambiente laboral, oferta de recursos interessantes na rotina organizacional: todas essas estratégias são discretas, mas ajudam no engajamento das equipes.
Motivação intrínseca
Na motivação intrínseca, a organização faz um estudo das principais razões pelas quais um colaborador está no emprego. Com isso, pode adotar posturas que reforcem esses motivos e encoraje os profissionais no engajamento com a empresa.
Realização pessoal, independência financeira, autoestima e reconhecimento são algumas motivações intrínsecas que podem ser trabalhadas com os colaboradores para reduzir as faltas no ambiente de trabalho. Oferecer recompensas subjetivas, que vão além de benefícios profissionais, é um diferencial para atrair e reter talentos.
Feedbacks
A técnica de feedbacks também é ótima na economia comportamental. Afinal, é possível se comunicar diretamente com os colaboradores e aproveitar o momento para oferecer motivações para a melhoria no desempenho.
A clareza na comunicação e a adoção de conselhos construtivos são exemplos de práticas que podem ser implementadas na hora do feedback. Apresentar tanto os pontos positivos quanto os negativos melhora a receptividade dos comentários e ajuda a encontrar soluções viáveis para reduzir o absenteísmo.
Personalização
As preferências de cada colaborador precisam ser consideradas na hora de oferecer recompensas e estímulos para um maior engajamento. Por essa razão, a personalização é peça-chave da economia comportamental aplicada no ambiente corporativo.
Customizar a abordagem da gestão de pessoas vai permitir se conectar melhor com cada colaborador. Isso envolve considerar a realidade de cada profissional, as características individuais e as motivações pessoais.
Em outras palavras, para implementar as estratégias de economia comportamental de forma eficaz, é necessário conhecer os colaboradores. Estreitar a comunicação entre os líderes e os membros da equipe permite saber mais sobre as tendências de comportamento de cada profissional, o que favorece a aplicação das técnicas.
Por esse motivo, oferecer treinamentos e desenvolvimento de líderes em economia comportamental pode ajudar na redução do absenteísmo e na promoção de engajamento entre as equipes. Com o conhecimento teórico e técnico, torna-se mais fácil explorar a motivação dos colaboradores e estimular uma participação mais ativa no ambiente de trabalho.
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